Varejistas brasileiros lançam painéis virtuais em aeroporto e shopping.
Compra é feita ao posicionar o celular em frente ao código do produto.
Vitrines virtuais que simulam gôndolas de supermercado estão chegando ao Brasil. Colocadas em locais públicos de grande circulação, os painéis mostram as imagens dos produtos com um código de barras. Ao posicionar o celular em frente ao código, o consumidor adiciona o item a sua compra, que é entregue em casa horas depois.
No início de julho, o supermercado Pão de Açúcar lançou uma vitrine com mais de 300 itens no Shopping Cidade Jardim, na capital paulista. Em setembro de 2011, no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, o Submarino colocou painéis virtuais na sala de embarque com produtos como livros e eletrônicos.
Compra na vitrine virtual do Pão de Açúcar é feita ao posicionar o celular em frente ao código do produto (Foto: Laura Brentano/G1) |
A tecnologia usada não é novidade. As imagens dos produtos carregam um
código de barras chamado QR code, que pode ser identificado pela maioria
dos celulares com câmera fotográfica para redirecionar o acesso ao site
da loja. A inovação das vitrines está na aplicação desses códigos.
O Pão de Açúcar abriu os olhos para a tendência depois que a Tesco,
terceira maior varejista do mundo, lançou vitrines virtuais em metrôs e
estações de ônibus na Coreia do Sul, em 2011. “Já tínhamos alguns
facilitadores para viabilizar o projeto, como o aplicativo de
e-commerce. Tivemos apenas que adaptá-los para a leitura dos códigos. Só
ligamos os pontos e procuramos um bom espaço para o lançamento”,
explica Andréa Dietrich, gerente de marketing digital do Grupo Pão de
Açúcar. Segundo a executiva, a vitrine é uma opção para locais onde não é
possível colocar uma loja física. O painel seria um “aperitivo” das
ofertas encontradas no Pão de Açúcar.
Um dos painéis do Submarino do aeroporto Santos Dumont vende livros por meio dos QR codes (Foto: Divulgação |
Já o aeroporto Santos Dumont foi escolhido pelo Submarino pela boa
conexão à internet (3G e Wi-Fi) e por ser um lugar onde as pessoas se
sentem confortáveis para usar seus smartphones. Nas salas de embarque, a
varejista colocou painéis com produtos que variam de acordo com a
estratégia de cada marca, mas sempre com foco em lançamentos. Há painéis
que vendem eletrônicos, como câmeras digitais, filmadoras, notebooks e
tablets, e outras vitrines focadas em livros, CDs e DVDs. Todos os itens
possuem um QR code.
“Eu posso comprar pelo aplicativo do Pão de Açúcar em qualquer lugar do
mundo. Mas a vitrine virtual tem um apelo visual muito forte”, opina o
publicitário Renato Fabiano Gosling, que testou a iniciativa há três
semanas. “Eu treino em uma academia perto do shopping. Vi o projeto
funcionando e, por trabalhar com tecnologia, resolvi testar. Fiz uma
compra de frutas e uma caixa de 12 águas de coco. Acho que esses itens
são os mais vendidos no comércio eletrônico: peso e volume”, acrescenta
Gosling. “Acredito que a vitrine complementa o aplicativo”.
Para fazer a compra, usuário deve baixar aplicativo e posicionar celular em frente ao código do item (Foto: Laura Brentano/G1) |
Diferente do código de barras tradicional, que usa um número de linhas
limitado, o QR code cruza as linhas com as barrinhas verticais e permite
que um software especializado leia isso. “A ação padrão do QR code
funciona assim: ao fazer a leitura, o código direciona o acesso para um
site móvel, onde há mais informações”, explica. “A tendência é encontrar
esse tipo de link em produtos que leva para mais informações sobre
aquele item ou que permite sua venda. As pessoas conseguem ter acesso a
mais informações pelo celular. Então, é importante que eu esteja ali
provendo essa informação primeiro”, completa.
(Foto: Laura Brentano/G1) |
Na primeira semana de uso da vitrine virtual, o Pão de Açúcar registrou
um incremento de 70% no volume de downloads do aplicativo. A companhia
também teve um aumento de 50% nos pedidos feitos pela plataforma iPhone
no mês de julho em comparação com junho.
“Um dos grandes objetivos da ação era reforçar o pilar de inovação do
Pão de Açúcar, e isso foi bastante disseminado. As vendas e os pedidos
estavam em segundo plano. Queríamos testar o formato. Estamos
trabalhando com futuro e tendências e nos preparando para esses próximos
movimentos do mercado”, explica Andréa.
Segundo a executiva, a companhia agora estuda outros locais com aderência do público do Pão de Açúcar e que dão conveniência e praticidade ao consumidor. “Todas essas análises estão sendo vistas: sinal de celular disponível, grande circulação de pessoas, etc. Além de shoppings, há outras infinidades de oportunidades, como grandes empresas e aeroportos”, acrescenta.
Segundo a executiva, a companhia agora estuda outros locais com aderência do público do Pão de Açúcar e que dão conveniência e praticidade ao consumidor. “Todas essas análises estão sendo vistas: sinal de celular disponível, grande circulação de pessoas, etc. Além de shoppings, há outras infinidades de oportunidades, como grandes empresas e aeroportos”, acrescenta.
Fonte: G1.globo.com
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