terça-feira, 4 de setembro de 2012

Déficit de talentos em TI pode provocar prejuízo de R$115 bi até 2020

Alerta é de estudo do Observatório Softex, que afirma que número de profissionais capacitados precisa dobrar anualmente.

 

  Se a escassez de mão de obra no setor de tecnologia da informação (TI) persistir, o Brasil pode deixar de arrecadar 115 bilhões de reais em receitas, em 2020, por causa da falta de profissionais. O alerta foi feito pela gerente do Observatório Softex, Virginia Duarte, durante a abertura hoje (3/09) do Rio Info.   

A estimativa se baseia na publicação Software e Serviços de TI – A indústria brasileira em perspectiva, em que o observatório faz uma análise do mercado de trabalho de TI, considerando faixa etária, o perfil do profissional, carreira, condições de contratação, modelo de negócio, nível de escolaridade e remuneração.


“É um apanhado do perfil do profissional e do mercado”, disse Virginia Duarte à Agência Brasil, associação gestora do Programa para a Promoção da Excelência do Software Brasileiro, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, com foco no desenvolvimento de mercados e em aumentar a competitividade da indústria brasileira de software e TI.

“O quadro mostra que vai existir uma escassez [de profissionais] e ela é tanto quantitativa, como qualitativa. Tem a ver com as competências que se espera do profissional do futuro”, explicou.

 


Virginia Duarte acrescentou que já existe uma distância entre os profissionais esperados pelas empresas e o contingente formado nas instituições de ensino.
De acordo com a gerente, se o quadro não mudar, o déficit de receitas, em decorrência da falta de profissionais de TI, atingirá 115 bilhões de reais em 2020, levando em consideração valores de 2010. 
“Isso [déficit] é um mínimo, só se baseando na escassez do profissional de TI”.

Para evitar o colapso, é necessário dobrar a quantidade atual de profissionais na área até 2020, tanto de nível superior como de técnicos. Atualmente, há um milhão de profissionais contratados formalmente (incluindo assalariados, sócios e cooperados), desconsiderando o mercado informal.

A receita média do setor tende a crescer 8,5% ao ano, excluindo uma possível falta de mão de obra, informou Virginia. Para acompanhar esse ritmo, estima-se ser necessário crescimento anual de 13% na quantidade de profissionais dedicados ao desenvolvimento de software e TI. Em bancos, no comércio e nas telecomunicações, segmentos que usam programas de computador e TI, a demanda por novos profissionais é da ordem de 5% ao ano.
Diante da dificuldade de captar alunos e interessados nos cursos profissionalizantes e de nível superior, uma alternativa para evitar a escassez de mão de obra é a qualificação dos atuais profissionais, aprimorando as competências do funcionário e os processos internos.

“O foco tem sido muito na tecla de formar gente, no sentido quantitativo. Essa é uma vertente importante, mas existe outra, que é a discussão de produtividade e qualidade”, apontou Virginia.

Fonte: CIO NBUSINESS

 


 

 

 

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